Era uma noite de grande temporal em Quarteira. No fundo do mar a tempestade também assustava um jovem polvinho que lutava contra as correntes que o arrastavam ora para um lado, ora para o outro.
No meio do desespero, ele avistou uma concha castanha, que lhe pareceu o abrigo ideal. Era comprida como um búzio grande, mas tinha uma entrada estreita o que impedia a passagem dos peixes perigosos. Na verdade, a concha era uma ânfora romana com séculos de existência, mas ele não sabia distinguir conchas de artefactos humanos e, por isso, sentindo-se protegido e muito cansado, adormeceu em segundos.
A tempestade não abrandou, e uma vaga fortíssima arrastou tudo no fundo do mar incluindo a ânfora. Formou-se uma onda gigante que veio rebentar na barra marítima de Quarteira, e atirar a ânfora contra a Valentina, a filha de um pescador quarteirense que ali se encontrava. Assim se conhecem os dois amigos que irão viver grandes aventuras em Quarteira. Vem conhecê-las nos livros Aventuras do Octávio o Polvo de Quarteira